Após uma semana de troca de experiências e muito aprendizado com as equipes das Controladorias-Gerais de Minas Gerais e Goiás, os auditores do Estado de Mato Grosso do Sul, Leonardo Costa Motta e Patrícia Helena Campos Leite Salamene, deram um feedback e compartilharam informações tanto com o controlador-geral de MS, Carlos Eduardo Girão de Arruda, quanto com os auditores da Auditoria-Geral do Estado e o assessor de Gabinete, Juris Jankauskis Júnior.
A viagem teve como principal pauta o modelo IA-CM (Modelo de Capacidade de Auditoria Interna) no qual Mato Grosso do Sul está em busca de alcançar o nível-2 para a atividade de auditoria interna governamental, que resultará em benefícios como, por exemplo, aumento do padrão de profissionalismo da equipe, fortalecimento de uma auditoria de vanguarda, que além de fiscalizar, também é propositiva e atua como parceira do agente público, auxiliando na melhoria da gestão; e incentivo à inovação e à transparência pública estadual.
De acordo com o coordenador-geral do Comitê Gestor do Modelo IA-CM, da CGE-MS, Leonardo Motta, as equipes das duas únicas instituições em âmbito estadual que conseguiram o nível-2 do IA-CM foram acolhedoras. “Fomos muito bem recebidos e as reuniões bastante produtivas e proveitosas. Em Minas Gerais, além da apresentação da estrutura da CGE, foram disponibilizados para nós mais de 200 documentos que servirão de base para nossos estudos. Já em Goiás, além de acesso a documentos, nós também tratamos sobre compliance e gestão de riscos que são alicerces fundamentais neste caminho evolutivo para a realização de uma auditoria de conformidade de acordo com os padrões internacionais. Foram dias de benchmarking para conhecermos as melhores práticas de maturidade técnica”, revela Motta.
O controlador-geral do Estado, Carlos Girão, comentou sobre as expectativas e próximos passos que a CGE-MS deve realizar. “Após nossa conversa, a gente percebe que abordagem do modelo IA-CM pode ser flexível e isso é muito importante porque cada estado tem sua peculiaridade, então, vamos conseguir elaborar, a partir dessas experiências prévias, um modelo nosso dadas as nossas características, a nossa realidade e montar uma modelagem de IA-CM validada, mas que nos atenda nas nossas especificidades”, conta.
O gestor da pasta ainda acrescentou: “O próximo passo será toda uma depuração dessas experiências práticas, distintas e ao mesmo tempo exitosas. Nesse avanço, dentro da modelagem IA-CM, com toda a envergadura teórica que estudamos, a CGE-MS construirá a documentação e os procedimentos necessários para que possamos trilhar o mesmo caminho”, afirma Girão.
Leonardo Motta já adiantou que na próxima semana, deve ocorrer uma reunião com os integrantes do Comitê IA-CM que tem a finalidade de apoiar e contribuir para a implementação dos níveis 2 e 3, na CGE-MS e, assim, fazer os alinhamentos. “Com as viagens nós concluímos a primeira fase dos trabalhos que foi o entendimento e alinhamento sobre o IA-CM, os estudos que englobam o assunto e a coleta de evidências. Agora, estamos na segunda etapa, correspondente à análise dessas evidências que foi realizada e à construção do relatório de auto avaliação. Já a terceira fase consistirá na elaboração do plano de ação”, finaliza.
IA-CM
O IA-CM é uma ferramenta que identifica os fundamentos, princípios, práticas e processos necessários para uma função de auditoria interna efetiva no setor público – mais próxima do gestor, oferecendo não só avaliação, mas também consultoria com foco em melhorias nos processos de governança, gestão de riscos e controles internos.
A proposta da Controladoria-Geral de Mato Grosso do Sul é trabalhar para atingir o nível 2 do IA-CM e, posteriormente o 3, até 2026, para alcançar uma auditoria interna governamental com padrões internacionais que agregue valor à gestão pública, de forma a garantir a excelência na entrega de políticas públicas do governo à sociedade.
Texto e foto (capa): Karla Tatiane, CGE-MS